Eleições da Direção, 70/15/15 e o Movimento Estudantil na UNESP Fclar:
Inicia-se hoje o período de votação para a eleição de uma nova direção, que deverá assumir a gestão da crise universitária até 2025, os chamados à votação são massivos e endossados por muitos de nossas/os professoras/es. Mas deveria o M.E voltar-se ao voto neste momento? Ou então, a força e capacidade de transformação do M.E estariam nesses momentos eleitorais?
Nós da Resistência Popular acreditamos que não. Que a força e a capacidade do movimento estudantil está nas greves, nos piquetes, nas marchas, assembleias e na solidariedade de classe. Mas mesmo assim, não poderíamos deixar de discutir a estrutura de poder universitária, que é antidemocrática e corporativista, se mantendo inalterável desde a ditadura militar, esforçando-se para deixar intactas as raízes elitistas e coloniais da universidade brasileira. Dentro dessa estrutura de poder universitária não há paridade, de modo que a composição dos órgãos colegiados centrais obedece aos seguintes pesos: 70% para os professores, 15% para os servidores e 15% para os estudantes.
Portanto, não apoiaremos nenhuma das chapas e sustentamos a necessidade de que não só nos momentos eleitorais devemos nos voltar à discussão de paridade. Mas que esta pauta ao lado da permanência estudantil, da luta pelo fim do vestibular e do acesso irrestrito se configuram enquanto motores de um movimento estudantil que tenha como horizonte a construção da universidade popular.
Reivindicamos uma nova estrutura, que tenha por base o federalismo, onde se sejam eleitos delegados pela base de cada segmento (servidores técnicos, estudantes, professores e comunidades onde a universidade desenvolve sua extensão), de forma que cada assembleia determine a sistematização de suas delegações. Sendo o número de delegadas/os proporcional ao número de presentes em cada assembleia de base.
É evidente que essa é uma construção à longo prazo, e que atravessa outras questões que são ordem do dia do movimento estudantil, porém, acreditamos que é pelo exercício da democracia direta e ação direta em constante pé de luta, que construiremos as bases para a Universidade Popular!
Pelo Fim do Vestibular!
Para mudar a educação; Luta, Ação Direta e Autogestão.
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